COMUNICAÇÃO
Foi aprovado o Decreto Presidencial n.º 282/20, de 27 de Outubro, que aprovou a Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos de
Angola para o período de 2020-2025, com o objectivo principal de
impulsionar e intensificar a reposição de reservas, tendo em vista atenuar o
declínio da produção nacional de hidrocarbonetos.
Esta estratégia assenta nos seguintes 4 pilares fundamentais:
a) Pilar 1: Disponibilidade e acessibilidade às áreas que constituem as Bacias Sedimentares de Angola para
actividades de pesquisa e avaliação.
Objectivo: Prevê-se
a realização de um levantamento geoquímico e cartográfico de todas as Bacias (onshore e offshore) para determinar toda a superfície disponível e acessível
para exploração.
Custo estimado: USD 37.500.000,00
b) Pilar 2: Expansão do conhecimento
geológico e o acesso aos recursos de petróleo e gás natural
Objectivo: Esta
acção será implementada a 3 níveis:
i. estabelece-se uma meta de avaliação do
potencial em reservatórios não convencionais dos 21 blocos das zonas terrestres
a serem colocados em licitação entre 2020 e 2023, prevendo-se o recurso a técnicas de fracionamento hidráulico (fracking);
ii. quanto às zonas ultra ultra-profundas, prevê-se
a negociação de 4 blocos livre na Bacia do Baixo Congo até 2022 e dividir em 12 blocos a superfície de 61.380 km2 da área das Bacias do Kwanza e Benguela,
até 2024, para licitação até 2025;
iii. para a componente do Gás Natural, prevê-se a avaliação do potencial de 33 blocos das bacias do Baixo Congo, Kwanza e Benguela e das Bacias interiores até 2025.
Custo total estimado: USD
19.800.000,00
c) Pilar 3: Asseguramento da execução
exitosa da estratégia geral de atribuição de concessões petrolíferas em Angola.
Objectivo: Prevê-se
a avaliação dos 45 blocos constantes da Estratégia de Atribuição de Concessões,
que tinha sido aprovada em 2019, para licitação, bem como a avaliação e divisão
em Blocos das Bacias Interiores, disponibilizando 20% desses Blocos para
licitação até 2025;
Custo
estimado: USD 1.225.000,00
d) Pilar 4: Intensificação da pesquisa e
avaliação nas Concessões e Áreas Livres em todas as Bacias Sedimentares de
Angola
Objectivo: Esta
acção será implementada a 2 níveis:
i. Incentivar a Exploração dentro das Áreas
de Desenvolvimento, para maximizar a exploração dos recursos petrolíferos nas
Concessões, através da avaliação e perfuração de 51 oportunidades nas áreas de
desenvolvimento, com recursos prospectivos de 13.831 MMBO até 2025.
Custo estimado: USD
17.475.000,00
ii. Promover a Perfuração de Oportunidades nas
Concessões, em Áreas Livres e Novas Zonas de Exploração. Quanto às Áreas
Livres, prevê-se uma avaliação até 2024 de 33 Blocos, dos quais 10 na Bacia do
Baixo Congo, 19 na Bacia do Kwanza e 4 na Bacia de Benguela. No que diz
respeito às Novas Zonas de Exploração, prevê-se a divisão em Blocos das Bacias
Interiores até 2022, bem como dividir em 12 Blocos a superfície de 61.380 km2
das áreas Ultra Ultra-Profundas das Bacias do Kwanza e Benguela até 2024, para
licitação a partir de 2025
Custo estimado: USD 112.523.000,00
Pretende-se assim criar condições para a descoberta de aproximadamente
40 a 57 BBO (STOOIP) e entre 17,5 a 27 TCF (GIIP) de gás natural, totalizando
recursos adicionais de 43,06 – 61,6 BBOE, por forma a garantir a manutenção da
produção nacional acima do milhão de barris por dia até 2040.
Estima-se um valor total de investimento de USD 867.000.000, repartidos
em USD 679.000.000 para aquisição de dados geofísicos na modalidade
multicliente, o qual prevê atrair investimentos estrangeiros e cerca de USD
188.000.000 para estudos a realizar com recurso à dotação orçamental da ANPG.
Quanto a Fontes de Investimento, este documento prevê as seguintes 3
modalidades:
a) Investimento do Estado: esta
modalidade será aplicada nas Bacias Interiores para a aquisição de dados e a
avaliação do Sistema Petrolífero;
b) Modalidade Multicliente: prevê-se
aplicar esta modalidade para os estudos a realizar nas áreas das águas Ultra
Ultra-Profundas das Bacias do Baixo Congo, Kwanza e Namibe, dos quais se
destaca a realização de 50.00km2 de sísmica 3D nessas bacias (com um valor de
investimento estimado de USD 626.250.000,00) e 21.475km2 de sísmica 2D na Bacia
do Namibe (com um valor de investimento estimado de USD 53.687.500,00);
c) Investimento Conjunto: prevê-se
aplicar esta modalidade para a avaliação do potencial petrolífero nas áreas das
Bacias do Baixo Congo, Kwanza, Benguela e Namibe.
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